Introdução
A exaustão do ar é um requisito obrigatório em qualquer unidade armazenadora de grãos. Mais do que uma exigência das normativas do trabalho, a exaustão natural do ar contribui para que os grãos continuem saudáveis e conservados até o momento do consumo ou da comercialização.
Neste texto, vamos tratar especificamente da exaustão natural, que conta com benefícios como a praticidade e a economia. Apesar disso, ainda circulam mitos e informações falsas acerca dessa tecnologia que, quando usada corretamente, é excelente em manter os grãos armazenados com altíssima qualidade.
Pensando nisso, elaboramos este artigo com os 5 principais mitos sobre a exaustão natural em silos e armazéns graneleiros. Neste texto, vamos te explicar porque estes mitos não passam de informações confusas, ou até equivocadas, provando que os exaustores naturais podem ser a solução para diversos problemas que surgem durante a etapa de armazenagem.
O que é a exaustão natural?
A exaustão em silos e armazéns de grãos consiste na renovação do ar no interior desses ambientes, que são considerados espaços confinados. Os exaustores podem ser naturais ou artificiais, mas ambos são responsáveis por remover a bolsa de calor que se forma entre a massa de grãos e o telhado do silo ou armazém graneleiro.
Os exaustores de ar são instalados na cobertura dos silos ou armazéns de grãos, e são um pré-requisito na etapa agrícola da armazenagem. Isso porque a exaustão do ar, segundo a Instrução Normativa N°33, consta como equipamento obrigatório em toda unidade de armazenamento de grãos.
Mas, diferentemente do que alguns pensam, isso não é só um detalhe legal ou técnico. A exaustão é importantíssima para a conservação dos grãos, pois é responsável por conter a condensação no interior das unidades de armazenamento.
A exaustão natural, como o próprio nome já diz, é realizada com métodos não artificiais. Um exemplo é a exaustão realizada com exaustores eólicos, que utilizam o vento para renovar o ar no interior dos silos e armazéns. Praticidade, economia e eficiência são apenas algumas das vantagens desse tipo de exaustão.
Qual é a importância da exaustão natural em silos e armazéns de grãos?
Sem dúvida, o principal papel da exaustão natural é conter a condensação. Esse fenômeno, que também é conhecido como “suadeira” ou “gotejamento”, é responsável por problemas como a deterioração, o mofo, o surgimento de pragas e a perda de grãos armazenados. Por isso a exaustão do ar é tão importante em silos e armazéns graneleiros, sendo hoje a única tecnologia capaz de realmente conter a condensação.
A condensação surge porque a radiação solar incide sobre a cobertura e as paredes dos silos, formando o que chamamos de “bolsa de calor”. Essa bolsa, ao entrar em contato com os grãos armazenados, causa a secagem dos grãos. Ou seja, a retirada de água (em forma de vapor) dos grãos armazenados.
Durante a noite, as temperaturas costumam cair. Desse modo, a umidade que saiu dos grãos durante o dia condensa (vira líquida) e goteja sobre o produto armazenado. Com isso, os grãos acabam sendo re-umedecidos, e é aí que o mofo, a deterioração e as pragas aparecem.
Além disso, os silos e armazéns se tornam espaços úmidos e quentes quando não possuem exaustão natural. Os exaustores retiram a bolsa de ar quente que impede a saída do excesso de umidade e de calor de dentro dos silos. Assim, a exaustão natural contribui para regular a temperatura e a umidade nas unidades armazenadoras, evitando vários problemas de armazenagem.
5 mitos sobre a exaustão natural em silos e armazéns graneleiros
Agora você já sabe o que é a exaustão natural e porque ela é importante para a conservação de grãos. Ainda assim, é provável que você já tenha ouvido por aí alguns mitos sobre a exaustão natural.
A seguir, elencamos 5 mitos sobre a exaustão natural que os armazenadores de grãos costumam ouvir, e explicamos em detalhes porque eles não são verdadeiros. Confira:
1. “O exaustor pode ser substituído por mais respiros”
É comum pensar que colocar mais respiros no silo ou armazém substitui o uso de exaustores, mas isso é só um mito. Os dois equipamentos, respiros e exaustores, possuem funções completamente diferentes, e ambos desempenham papéis importantes no armazenamento.
Os respiros retiram de dentro da unidade armazenadora o ar insuflado pela turbina de aeração forçada. Por isso, realizam a saída do ar de dentro dos espaços confinados a partir do momento em que a turbina de aeração é acionada. Ou seja, é verdade que quanto maior for o número de respiros, maior será a eficiência com que o ar conseguirá ser mandado para fora.
Mas isso não faz os exaustores deixarem de ser essenciais, porque os respiros servem apenas para reduzir a pressão interna no silo. Com isso, os respiros permitem que não seja criada uma pressão positiva na unidade armazenadora e promovem a vazão do ar de entrada da turbina.
É importante lembrar que os respiros não possuem poder de exaustão, e têm como única função a retirada do ar injetado pela própria turbina. Isso acontece porque os respiros foram projetados com sua “boca” de saída voltada para baixo. Como o ar quente sempre sobe (princípio da convecção), o calor fica acumulado entre a cobertura dos silos e a massa de grãos, formando a bolsa de calor.
E ainda tem mais, além dos respiros não conseguirem eliminar o excesso de calor, eles não são eficientes em eliminar o excesso de umidade. Apenas a exaustão natural, ou artificial, cumpre esses dois papéis ao mesmo tempo. Isso porque a velocidade de extração de temperatura é muito mais rápida que a de extração da umidade.
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2. “O exaustor vai voar se tiver um vendaval”
Os aparelhos de exaustão natural estáticos costumam ser resistentes e duradouros. O exaustor natural da Cycloar ainda tem a vantagem de funcionar segundo o princípio de Venturi, que gera o cicloneamento do ar nas aletas internas do exaustor.
Esse cicloneamento é responsável por formar uma contrapressão que reduz a incidência dos ventos em até cerca de 80%. Ou seja, uma ventania de 20 km/h incide com aproximadamente 4 km/h no exaustor, reduzindo muito as chances do Cycloar voar ou ser danificado por conta de vendavais.
3. “Vai cair água nos grãos se eu cortar o telhado para instalar o exaustor”
A chuva em grãos é algo que preocupa os armazenadores na hora de instalar um novo equipamento. Como já vimos, a umidade em excesso pode causar muitos problemas na qualidade dos grãos. Por isso, ninguém quer instalar uma tecnologia que promete auxiliar na conservação se ela não for de fato eficiente.
Felizmente, existem equipamentos que contam com total segurança contra a estanqueidade da chuva. No caso do aparelho de exaustão natural da Cycloar, é praticamente impossível que gotas de chuva caiam sobre os grãos armazenados. Isso ocorre porque o cicloneamento do ar, realizado pelo Cycloar, impossibilita a entrada de água no silo.
Além disso, existe uma barreira interna no Cycloar, responsável por redirecionar os pingos de água para a lateral do equipamento, por meio de uma “pingadeira”. Isso permite que a própria chuva faça a limpeza do aparelho, já que as gotas caem em diagonal e “lavam” as paredes do exaustor.
4. “O exaustor natural quase não economiza energia elétrica”
Durante a armazenagem, forma-se um bolsão de calor entre a massa de grãos e o telhado do silo. Essa bolsa de ar quente retira água (em forma de vapor) das camadas superiores dos grãos armazenados (evaporação).
Durante a noite, a temperatura desse bolsão de calor costuma cair. Assim, a umidade acumulada em forma de vapor condensa, ou seja, goteja sobre os grãos.
Como o Cycloar elimina esse bolsão de calor, a condensação não ocorre, evitando prejuízos na qualidade dos grãos. Além disso, o Cycloar auxilia no resfriamento da massa graneleira por meio do princípio da convenção, já que durante a noite a temperatura do bolsão diminui, retirando calor dos grãos armazenados.
A vantagem de todo esse processo é a economia de energia. O resfriamento dos grãos e a retirada da bolsa de calor promovem uma economia de energia de mais de 60% aos armazenadores de grãos. Isso acontece porque a exaustão natural elimina o excesso de calor e umidade de dentro do silo, reduzindo enormemente o tempo que os aeradores precisam ficar ligados.
5. “Meu produto fica armazenado por pouco tempo, não preciso de um exaustor natural”
É comum que alguns armazenadores de grãos pensem que não precisam de equipamento de exaustão natural apenas porque seus grãos ficam armazenados por períodos curtos.
Mas, ainda que os grãos fiquem armazenados por pouco tempo, isso não impede que a condensação ocorra. Com isso, surgem diversos problemas na qualidade do produto, como a proliferação de pragas, a deterioração dos grãos, etc. Sem um aparelho de exaustão toda a massa de grãos armazenada corre riscos. É possível que parte dos grãos não possa nem ser comercializada, ou ainda que a safra inteira seja perdida.
Ou seja, não compensa deixar a exaustão de lado mesmo que os grãos sejam armazenados por poucos meses ou semanas. Até porque o prejuízo de perder os grãos é muito maior que o investimento financeiro que se tem com um bom sistema de exaustão natural.
O equipamento Cycloar, por exemplo, apresenta excelente retorno em cerca de apenas três meses. Portanto, é muito mais vantajoso preservar os grãos armazenados do que ter que arcar com os prejuízos de perder o produto armazenado.
Benefícios da exaustão natural nos silos e armazéns de grãos
A tecnologia de exaustão natural oferece muitas facilidades aos armazenadores de grãos. Impedir a chuva em grãos armazenados, conter a condensação e economizar energia elétrica são apenas algumas das vantagens.
A seguir, confira outras vantagens de sistemas de exaustão natural como o da Cycloar:
Resistente e duradouro
Os exaustores giratórios, apesar de bem conhecidos, são menos resistentes e eficazes que aparelhos estáticos como o Cycloar. Além de estarem sujeitos à entrada de respingos de chuva, os exaustores giratórios são pouco resistentes e possuem custo de manutenção mais caro.
Ao contrário, o sistema de exaustão natural da Cycloar é um exaustor estático muito resistente e duradouro. O princípio de Venturi, que reduz a força dos ventos em cerca de 80%, é prova disso. Outra vantagem é que o custo de manutenção dos exaustores estáticos é bem mais baixo.
Seguro
A chuva em grãos armazenados é um fenômeno que pode interferir na qualidade do produto, devido ao excesso de umidade. Por isso, a exaustão natural realizada pelo Cycloar é fundamental para promover saúde e segurança.
A exaustão natural também é fundamental para que os operadores e armazenadores de grãos trabalhem de forma segura. Essa tecnologia reduz a deterioração e elimina a poeira nos silos e armazéns, evitando possíveis acidentes e explosões.
Econômico
A tecnologia de exaustão natural também gera economia aos armazenadores de grãos. Com sistemas desse tipo, o tempo de uso de aeradores artificiais é reduzido, diminuindo os gastos com energia elétrica.
Além de oferecer aeração natural e permanente, existem aparelhos que aliam a exaustão à iluminação natural, como o Cycloar Lux. Com o uso da luz natural, a economia de energia e a redução de gastos é ainda maior.
Prático
Existem aparelhos de exaustão natural que contam com praticidade nos processos de montagem, desmontagem e manutenção. O Cycloar, por exemplo, tem um sistema de montagem e desmontagem simples e rápido.
Esse sistema possui o dispositivo Click-Fix, mecanismo de fixação para junções de peças metálicas, que facilita os procedimentos de limpeza e manutenção do aparelho. Além disso, ele permite que os grãos sejam inspecionados sem que o operador precise entrar no silo.
- Quer entender como o Click-Fix funciona? Clique aqui e leia nosso texto sobre o funcionamento e as vantagens desse dispositivo.
Conclusão
A exaustão natural é essencial em um silo ou armazém de grãos. Apesar disso, ainda circulam muitos mitos sobre esse tipo de tecnologia. Por isso, é muito importante entender como esses aparelhos realmente funcionam e saber que investir na exaustão natural pode trazer enormes vantagens aos armazenadores de grãos.
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