A armazenagem de grãos é sempre uma preocupação para produtores e empresários, uma vez que a conservação dos grãos é delicada. Cuidados com o sistema de exaustão dos silos podem colaborar para a contenção de pragas como as traças de superfície, que deterioram os grãos prejudicando sua qualidade.
Neste artigo, vamos te explicar como as traças agem, como se proliferam nos grãos armazenados, como elas podem prejudicar sua produção e o que você deve fazer para controlar a praga.
O que são as pragas de superfície?
Existem diversos tipos de pragas de grãos, e as traças fazem parte deste tipo de praga.
No geral, esse tipo de praga não faz mal à saúde humana, mas pode provocar grandes danos aos grãos e consequentemente, afetar o seu lucro na safra.
Os danos causados aos grãos variam de acordo com a espécie e tamanho de cada praga e sua proliferação leva em conta fatores como temperatura ambiente e umidade relativa do ar, além da quantidade de alimento disponível, claro. Em condições ideais (para os insetos), a proliferação pode acontecer em poucas semanas.
É interessante ressaltar que as traças de superfície se beneficiam de ambientes escuros, quentes e úmidos, e que além do clima, as bolsas de calor decorrentes da radiação do sol sobre as unidades de armazenamento (silos), somadas aos efeitos da condensação proporcionam às traças um ambiente propício para a reprodução e proliferação.
Hábito alimentar das pragas de superfície
É muito importante ter o conhecimento do hábito alimentar de cada praga para definir a melhor forma de cuidar dos grãos armazenados. As pragas podem ser classificadas em primárias ou secundárias de acordo com o seu hábito alimentar.
Pragas primárias
São aquelas que atacam grãos e sementes sadias e, dependendo da parte do grão que atacam, podem ser denominadas pragas primárias internas ou externas.
As primárias internas perfuram os grãos e sementes e penetram neles para completar seu desenvolvimento alimentando-se do embrião do grão ou semente e possibilitando a instalação de outros tipos de pragas.
As pragas primárias externas destroem a parte exterior do grão ou semente (casca) e, posteriormente, alimentam-se da parte interna sem, no entanto, se desenvolverem no interior destes. Há destruição do grão ou semente apenas para fins de alimentação.
Pragas secundárias
São aquelas que não conseguem atacar grãos e sementes sadias, pois precisam que estes estejam danificados ou quebrados para deles se alimentarem.
Essas pragas aparecem nos grãos quando estes estão trincados, quebrados ou mesmo danificados por pragas primárias e têm capacidade de multiplicarem-se rapidamente causando prejuízos elevados.
As pragas de superfície mais comuns no Brasil
Explicadas essas características básicas das traças de superfície, vamos entender as principais características das traças de superfície mais comuns no Brasil:
Traça dos cereais (Sitotroga cerealella)
É uma praga primária e ataca grãos inteiros, inicialmente sem apresentar sintomas visíveis no grão.
O seu dano está ligado à penetração de larvas no interior dos grãos, onde se alimentam durante a fase larval, prejudicando o peso e a qualidade dos mesmos, gerando perda de valor de mercado. Na fase adulta, seu estrago se limita à superfície do grão, já que não consegue penetrar nele.
Ocorre principalmente em grãos de arroz, aveia, cevada, centeio, milho e trigo.
Traça da farinha (Ephestia kuehniella)
É uma praga secundária, pois as larvas se desenvolvem sobre resíduos de grãos e de farinhas deixados pela ação de outras pragas.
Seu ataque prejudica a qualidade dos grãos devido à formação de uma teia em sua superfície durante o armazenamento. Essas teias fazem o bloqueio no espaçamento entre os grãos, entupindo os espaços de circulação do ar e dificultando a aeração da massa de grãos.
As pragas de traça da farinha são comuns nos grãos e sementes de soja, milho, sorgo, trigo, arroz, cevada e aveia.
Traça indiana da farinha (Plodia interpunctella)
Ocorre na superfície da massa de grãos e é classificada como primária externa.
Durante a alimentação, as larvas produzem uma grande quantidade de teias que acumulam fezes, peles e casca de ovos.
Embora os prejuízos mais elevados sejam no armazenamento em sacaria, devido à maior superfície exposta, ela também é capaz de danificar a massa de grãos devido ao bloqueio do espaço de aeração ocasionado pelas teias, que provoca algumas consequências à massa, como por exemplo uma secagem maior dos grãos, pois como será necessário mais horas de aeração, normalmente há uma secagem maior no primeiro metro da massa de grãos, além do custo extra em energia.
Essa praga alimenta-se preferencialmente do embrião dos grãos, especialmente em arroz, aveia, cevada, girassol, trigo e milho.
Como eliminar as pragas de superfície?
É possível conter ou eliminar a presença destas pragas através de métodos químicos, que estão ligados à aplicação de inseticidas nos locais onde os grãos estão armazenados, mas também existem métodos que estão mais ligados à manipulação de fatores físicos que contribuem para a proliferação das pragas, como a existência de bolsões de calor, que provoca a condensação dentro dos silos.
Entre os métodos físicos, um dos mais eficazes é o uso de sistemas de exaustão, uma vez que estes solucionam os problemas da existência de bolsões de calor e de condensação nos silos.
Com o nosso sistema de exaustão, comprovamos a diminuição na temperatura média da massa de grãos e 60% a menos de consumo de energia elétrica devido à diminuição de ativação do sistema de aeração dos silos. Isso colabora diretamente com a redução dos riscos de deterioração dos grãos durante o período de armazenamento.
Entenda como conseguimos esses resultados lendo este artigo.
Conclusão
As pragas como as traças de superfície são responsáveis pela perda de toneladas de grãos no Brasil. Segundo pesquisas, as pragas durante a armazenagem podem contribuir para perdas de aproximadamente 10% da produção anual de grãos.
Diante dessa realidade, a Cycloar oferece uma solução segura, econômica e eficaz através de um sistema de exaustão e iluminação natural.
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